1 de agosto de 2010

(...)


Então o mundo resolveu girar ao seu redor, e dane-se eu, e dane-se tudo. Eu mesma fiz, e tudo o que fiz não foi sem querer. Procurei o barraco mais alto, o mais distante, aquele cercado por uma porção de silêncio. Fiz nossa paz, uma película fina, quase invisível. Feita de momento, feita para nós. De lá eu via o relógio comendo o tempo, e de momento em momento nossa paz virando pó. Era tudo tão previsível. Você já sabia, o nosso caso foi feito com um pequeno prazo de validade. Caso! Falando assim vem uma idéia de flerte, uma noite apenas, namoro de esquina. E eles, sabendo do que houve entre em nós, chamariam exatamente assim: Caso. Claro, apenas eu e você sabemos o tamanho da força que nos fez cometer essa loucura (Loucura? Desisto de tentar nomear).


Um momento caro, acho que vou vender as calças e tentar pagar. Vou tentar apagar você também. Eu preciso da minha paz de volta. Não me leve a mal, eu nunca consegui te entender, mas a sua presença sempre me trouxe a sensação de férias.


Queria ter você comigo, mesmo que fosse como uma comida estragada. Ou aumentar nosso prazo, ou diminuir nossa distância. Porém no máximo, o que eu posso fazer é relembrar você.


7 comentários:

Bruna Trindade disse...

'... mas a sua presença sempre me trouxe uma sensação de férias.'
HAHAHAHAHA.

Fantástica essa descrição!
Eu amo ler seus textos. Seu blog é um doce e uma inovação só.

Abraço ;)

Anna Beatriz disse...

Nossa também amei a descrição: '... mas a sua presença sempre me trouxe uma sensação de férias.' realmente fantástica! gostei muito daqui (:
beijos!

Pérola Anjos disse...

As boas lembranças sempre ficam e elas colorem os cantinhos que a vida teima em deixar cinza.


Não entendi muito o seu comentário "olha só" em meu blog, mas, seja sempre muito bem-vinda!

Beijo doce!

Rafael Castellar das Neves disse...

Opa!! Soco na boca!! Que revolta muito bem descrita...daquelas que o corpo levanta e se firma para evitar que o que passou volte...

[]s

Vanessa M. disse...

Apague e não relembre. Aliás, relembre só pra saber que viver disso nã vale, que de metades de amor não se viver.

Um dia nosso coração passa a entender que deve receber quem nos recebe de peito aberto.

/danihrabello disse...

Curti bastante teu blog. amei os posts. estou te seguindo, dá uma seguidinha lá no meu tbm. bjos

Beka disse...

Texto lindo, claro e direto paulinha <3