21 de novembro de 2009

Um punhado de ilusão

Acredito em magia, nas frases do vai e vem do mar. Ainda vejo São Jorge na lua cheia. Tão elegante, posso ver seu sorriso e sua espada iluminando o céu escuro. Escuto o barulho do freio falhando, minha bicicleta nunca mais foi a mesma. Acredito em anjos e duendes, em vozes, acredito até no cara com barba de algodão.
Quando o sol aparece, sinto fome da vida. E conto os dias. Eles acabam, eu começo tudo de novo, mas você não vem. Ainda assim, acredito na força das cores e na luz dos olhos alheios. Quem disse que eu estou te esperando? Vejo dragões nas nuvens, vejo o que eu quiser, e ainda mudo de idéia no final. Na verdade eu sempre esperei por você.
Venha!Vamos fantasiar um dia branco, e que seja mesmo sem cor, pois tenho um arco-íris nas mãos. Podemos escrever segredos, ensaiar mentiras. Podemos nos encontrar, seja no vermelho ou amarelo. Vamos fingir, brincar ou ensaiar abraços. E então abro os olhos e não vejo você. Não vejo os anões e nem a cachoeira.
Acredito em Paixão, no singular do desejo. Ainda sinto saudades de sentir saudades de verdade. Existe algum lugar que me faça desacreditar, eu sei que deve existir uma sintonia fora do tom que me faça parar e olhar apenas adiante.
Eu ainda acredito no amor. E até que me provem o contrário, sou amor. Ou sou paixão? Pensando bem, se não fosse você, as estrelas no teto do meu quarto estariam apagadas
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