1 de outubro de 2010

Um jeito embriagado de ser


Andando assim por entre praças e becos. Buscando um sol, um rastro qualquer. Indo embora pra bem longe de todas essas incertezas. Eu vou lembrando das juras esgotadas, e dos planos que nunca passaram de planos. Nunca pensei em desperdiçar nada, mas sempre houve um excesso. Eu falo de fechar os olhos e fazer de conta que sei dançar, cair na valsa, cair no passo. Estar bem e querer ficar bem. Nem que seja entre nossos segredos tão claros, segredos estampados em nossos olhos. Não sei por que você cruzou a minha linha, e me olhou, e me mostrou as mais escondidas emoções, até então estranhas, sozinhas. E que o senhor da ansiedade me perdoe, mas eu afirmo: Elas não me querem assim de imediato! Na verdade sinto que há uma vontade em me deixar feito louca, jogando pedra na lua. Sim, seus olhos parecem soltar mil palavras por segundo. Sinto-me bêbada todas às vezes em que arrasto o meu olhar no seu. E fixo! Tento não me embriagar! Porém meu bem, é praticamente impossível. É como desenhar no escuro o Tim Maia pelado.


Talvez seja a esperança batendo, ou quem sabe foi uma estrela cadente que acabou de cair no meu jardim. Não, eu não pensava em me impressionar. Tão pouco quis perceber as coisas se movendo ao meu redor. Porém veja o estado em que me encontro: Bêbada, tentado acertar a lua com um paralelepípedo.