6 de julho de 2009

Meus olhos nunca foram tão emoção



Veja quantos anos e quantas novas já passaram por nós. O vento está levando cada grão da poeira que custou a descer. Tenho força, tenho pressa. Temo que o tempo esqueça das promessas que me fez em sonhos.

Veja, esse é o terceiro arco-íris. Dos meus sorrisos, é esse o mais desajeitado. Tenho fé nos bolsos e na manga a última carta de ousadia. Queria lembrar o futuro, e como um passe de mágica te trazer de volta. E como um piscar de olhos sentir emoção nas veias outra vez.

Vejo Borboletas ao meu redor, as cores me confudem, as asas se misturam. Sinto seduzir sem querer, e tudo o que quero é continuar. Estou cega, meu tato é o guia dos meus passos. Veja, os olhos refletem tudo. Entre brilhos e contrates, elas batem empiedosamente, parecem querer me ensinar a voar. Não são asas, são expressões.


Me vejo em suas pupílas, te vejo em mim. Chego ao bastante por assim dizer, esborrando de vontade.

Minha alma nunca foi tão alma, meu corpo nunca foi tão leve e meus olhos cegos nunca foram tão certos.